7.27.2012

what does love mean?

When my grandmother got arthritis, she couldn’t bend over and paint her toenails anymore. So my grandfather does it for her all the time, even when his hands got arthritis too. That’s love.

Rebecca - age 8


7.13.2012

quote #12

- Ryn - principiou.
- Humm? - retorqui. Preparei-me, pois a sua voz, baixa e hesitante, dava-me a entender que ele estava prestes a dizer algo horrível. Segurou a minha mão na sua, beijou cada um dos nós dos meus dedos. Ia dar-me uma notícia extraordinariamente má.
- Desculpa a forma como te tratei - proferiu bruscamente,
- Hã? - repliquei. Era a última coisaque eu esperava ouvir. Tinha estado a preparar-me para uma doença terminal, uma transferência para o estrangeiro ou até um par de patins, mas  não para um pedido de desculpa.
- As coisas que te disse, a maneira como eu costumava olhar-te, as coisas que eu pensava... - Deteve-se, estremecendo como se lhe respondesse na sua cabeça. - Desculpa. Peço-te imensa desculpa. Estava tão enganado. Tu és linda. Por dentro e por fora. Não sei porque não consegui ver isso antes. És linda. Eu vejo o que fizeste com a Tegan e a forma como me tratas, apesar de eu ter sido como fui... Desculpa, estou sinceramente arrependido.
- Ah, já passou. E, provavelmente, tinhas razão. Quero dizer, eu sou um pouco...
- Não - interrompeu-me com severidade, pousando os dedos nos meus lábios para me impedir de falar. - Não gozes com isso. Eu não conseguiria suportar. Odeio-me a mim mesmo por ser como era.
- Não faz mal - sussurrei. - Não foste o primeiro e duvido de que sejas o último.
- Como consegues aguentar?
- Foi assim durante toda a minha vida. Não deixo que isso me incomode. - Os braços de Luke apertaram-me com mais força. - A sério, isso não é problema nenhum. Formei uma pele espessa em que não acredito em nado do que ninguém diz. Assim, sei que ninguém pode afectar-me, porque, se não é verdade, não pode magoar-me.
- Isso também se aplica às coisas boas?
Pensei naquilo. Em como eu tinha demorado tempos intermináveis a aceitar tudo o que o Nate dizia e ele dizia sempre as coisas mais adoráveis. Desde o primeiro dia, ele chamou-me linda. Disse que conseguia sentir o calor do meu sorriso. Tinha-me dito mais do que uma vez que eu era a mulher dos seus sonhos. Mas isto aconteceu anos antes de eu acreditar nele, antes de eu perceber que ele estava a falar a sério e, quando aceitei que ele me amava verdadeiramente, comecei a contar com os seus elogios, o que fez com que se tornasse mais doloroso deixar de ouvi-los.
- Suponho que sim.
- Isso significa que não permites a ti mesma sentir nada.
- Não, eu sinto muito coisa. Só não permito que as convicções e as atitudes das outras pessoas me incomodem.
- Então, não acreditas que as outras pessoas gostam de ti? - perguntou ele.
- Eu não disse isso. Disse que não permitia que isso me afectasse. Se as pessoas gostam de mim, isso é fabuloso, mas não me faz deixar de existir. Se não gostam, é igualmente fabuloso, porque não me importo e continuo a existir.
- Isso é uma maneira muito triste de viver.
- Luke, se nós crescemos a ouvir, todos os dias, que somos feios, gordos, estúpidos, um homem, um cão, podemos ganhar uma segunda pele e não contar com mais ninguém para a nossa felicidade e autodefinição ou deixar que isso nos soterre. Adivinha o que fiz? Tinha de o fazer. Foi um instinto de sobrevivência.
- Mas tu já não precisas desse instinto de sobrevivência.
- Pois, estás a dizer isso, mas eu conheci um tipo há não muito tempo que implicou comigo só por não ser muito bonita nem magra. Agora, se eu tivesse renunciado ao meu instinto de sobrevivência, teria estado um caco numa altura em que precisava ser forte.
- Desculpa. E tu és bonita. És linda. E o teu corpo é divinal. Tu és divinal.
- Não precisas dizer isso. Não faz mal. Isso não me incomoda. - Muito. Não me incomoda muito. Nunca disse isto em voz porque, pois nunca quis que esse advérbio fosse real. Ficaria muito mais incomodada.

Dorothy Koomson, a filha da minha melhor amiga